Arquivo para 20 de dezembro de 2008

20
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08

“Crepúsculo” (2008)

Título original: “Twilight”
Título sugerido: “Prepúcio”

A diretora Catherine Hardwicke, de “Aos Treze” como seu único trabalho notório, assumiu a direção do roteiro baseado no romance adolescente homônimo de Stephanie Meyer sobre a paixão de Bella, uma garota distante e reclusa por Edward, um jovem rapaz pálido e esquisito porém belíssimo. Ah, e vampiro também. Aí a gente pensa: “Nossa, uma menina adolescente que se apaixona por um vampiro… Será que isso dá pano pra manga?” – Então, não muito.

Bella é interpretada pela Kristen Stewart, a menina-veneno-sentada-no-trailer naquela seqüência antológica de “Na Natureza Selvagem”, onde diga-se de passagem, ela esqueceu todo seu sal. Já o vampiro Edward é interpretado pelo Marlon Brando da era Hannah Montana: o inglesinho Robert Pattinson. Esse moleque rouba a cena de tal maneira que é impossível prestar a atenção no filme direito. Não que isso interfira na avaliação final. Enfim, é um carisma de bad boy à flor da pele, que fazia as adolescentes da sessão se revirarem na cadeira, mas que em dados momentos deixavam encabulados até as mães, pais, irmãs, irmãos e desavisados da sessão – tudo bem, hoje o mundo é pan!

Bella se muda para a pequena cidade de Forks, Cu do Judas, Estados Unidos, para voltar a viver com o pai depois que sua mãe se casa novamente. A geografia da cidade, localizada na costa do Pacífico próximo ao Canadá, é um espetáculo à parte. Chove sem parar numa área montanhesca e habitada por ursos, onde a luz do sol raramente se espalha por inteiro e os dias são dominados pela luminosidade mais suave do… se liga só… CREPÚSCULO. Nossa, me arrepiei.

Mentira.

Então, aí a menina chega na cidade, o povo adora ela, mas ela continua fazendo a esquiva. Meio romântica, meio pentelha, como as ídolas dessa faixa etária. Seus colegas logo lhe apresentam a cena social do colégio, e chamam a atenção sobre a família Cullen, os mórmons albinos supernutridos da região. Acontece que ao conhecer o filho, Edward, como sua colega de laboratório, Bella percebe uma repulsa absurda do rapaz por ela – ele chega a pedir pra mudar de turma pra ficar longe do cheiro da garota. Fica até um conselho pra quem procura um grande amor: CC tá voltando com tudo, vai usar com força.

No fim das contas, depois de afrontar nossa inteligência e paciência por horas, eles resolvem revelar que… Edward… se liga… é na verdade… não, se liga mesmo… UM VAMPIRO! Arrepios constantes!

Lado A: O amor adolescente é bonito de se ver, sem grandes pieguices e exageros emocionais.
Lado B: O universo de personagens e suas peculiaridades é bem construído.

Resultado:

Não acontece muita coisa nesse filme, e o que acontece, acontece bem devagar. A escritora Stephanie Meyer deu uma incrementada na sua leitura dos vampiros – quem não dá? – e apresenta um conceito criativo e, vá lá, um pouquinho intrigante sobre eles. Algumas seqüências são bem porcas, mas a maioria é de tirar o fôlego. Mesmo assim, a diretora já foi demitida da continuação que já foi confirmada. Ah, lembrei, também tem uma gangue de vampiros que tenta matar a Bella, mas quando eles apresentaram esse conflito eu já tava mais interessado em procurar microfone vazando nos cantos da tela, etc. Sabe?

Pra quem tava com saudades, eis o novo DiCaprio.

Veredicto: 2/5 jóinhas.
2/52/5

Yours truly,
Woody Tarantovar.




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