Título Original: “Hair”
Título Sugerido: “Os Hippies Também Amam”
O musical “Hair”, que estreou na Broadway em 1968, é muito lembrado por músicas como Aquarius, Hair, Hare Krishna e outras tantas. O diretor tcheco Miloš Forman, um mito de acordo com a Wikipedia, assinou a versão para o cinema da história. Musical que vira filme já é um negócio arriscado até nos dias de hoje em que os efeitos especiais substituem bem a teatralidade. Em 1979, a história fica um pouco diferente.
Recrutado para a Guerra do Vietnam, o jovem virgem e retraído Claude Bukowski sai de Oklahoma para se alistar em Nova Iorque. Ninguém diz que ele é virgem, mas tá na cara. Chegando em Nova Iorque, Claude conhece um bando de hippies no meio de um parque enquanto moças da alta sociedade fazem equitação – assim, sem a menor cerimônia. Adoraria entrar em mais detalhes do enredo, é que o enredo tem poucos detalhes mesmo. Já de cara, eles começam a cantar e dançar músicas sobre amor, liberdade, contracultura e paz. Tudo apresentado, assim, de uma maneira bem hippie.
O líder do bando dos hippies, George Berger, é interpretado pelo Treat Williams, que infelizmente já envelheceu a foi fazer papel de pai xarope na TV em Everwood. Berger é uma mistura do Sergei com o Christian Pior, e traz um tom pentelho e over característico dos dois. Ele tenta o filme inteiro convencer Claude a não se alistar e ficar tomando ácido no parque com seus amigos letárgicos, lisérgicos e lascivos.
Lado A: As músicas! Seqüências fantásticas, letras inteligentes e melodias muito boas.
Lado B: Fica provado por A + B porque os hippies não deram certo.
Resultado:
Eu não assisti ao musical, mas tive a sensação de que o diretor não tinha captado muito bem a essência, porque eu não consegui achar nada de tão revolucionário pelas passagens que o filme mostra. Dei uma lida por aí e não deu outra: os criadores do musical ficaram PUTOS com o diretor do filme, dizendo que ele mudou a história horrores e, pasmem, “não captou muito bem a essência”. Os diálogos são chatos, as cenas emocionantes ficam bobas demais, e os hippies ganham um ar taxativo e pejorativo nesta montagem.
Todos os diálogos são dispensáveis, a onda mesmo são as músicas.
Mas que dá uma vontade de botar uma boca-de-sino…
Ah, dá.
Veredicto: 2/5 jóinhas.
Yours truly,
Woody Tarantovar.